Comissões Brasileiras de Comunicações 1 e 3 organizam encontros e trabalhos; saiba como participar
Orecente avanço das tecnologias quânticas tem implicações nos campos da computação e das comunicações, com potencial quebra de paradigma, proporcionando tanto oportunidades quanto desafios para todo o setor de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) e além.
Se, por um lado, há o risco de que os mecanismos atuais de segurança da informação não sejam mais suficientes para garantir o sigilo nos níveis em que estamos habituados, por outro lado, o entrelaçamento quântico poderá propiciar o desenvolvimento de sistemas de comunicações mais rápidos e resilientes que os hoje disponíveis. A compreensão e a apropriação desses avanços mostram-se pertinentes a temáticas regulatórias e de políticas públicas, estando ainda relacionadas a questões de soberania digital.
No âmbito da União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência especializada das Nações Unidas para telecomunicações e TICs, já há frentes de trabalho relativas a redes de distribuição de chaves quânticas (QKDN, na sigla em inglês), vide Comissão de Estudos 11 e 13 do Setor de Padronização das Telecomunicações (UIT-T); e relativas a padrões de segurança da informação com base em tecnologia quântica, vide Comissão de Estudos 17, UIT-T. Adicionalmente, as perspectivas políticas e estratégicas sobre o tema já foram mencionadas em alguns dos trabalhos do Conselho da UIT, seu órgão máximo nos intervalos entre as Conferências de Plenipotenciários.
Diante de tal contexto, mostra-se pertinente que a representação brasileira junto à UIT e a outros fóruns internacionais de telecomunicações, tais como a Comissão Interamericana de Telecomunicações (CITEL), volte sua atenção para o tema em seus trabalhos.
Essa representação, coordenada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), especialmente no âmbito das Comissões Brasileiras de Comunicações (CBCs) de Governança e Regimes Internacionais (1) e Normalização das Telecomunicações (3), dispõe de estruturas abertas à participação de outros órgãos governamentais, da sociedade civil, da academia e do setor privado, e conta constantemente com representantes ativos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).