Segundo Gustavo Beck, film scholar com atuação internacional, a crítica e a pesquisa acadêmica são pilares fundamentais na preservação e na valorização da história do cinema. Para ele, o papel do estudioso do cinema vai muito além da análise estética: trata-se de compreender o filme como documento histórico, objeto cultural e força viva em constante diálogo com o presente.
Gustavo Beck, que também atua como curador, professor e crítico, defende que a pesquisa rigorosa aliada à prática curatorial oferece novas possibilidades de leitura e circulação para obras esquecidas, marginalizadas ou descontextualizadas. De acordo com ele, a atuação de um film scholar contribui para a construção de uma memória audiovisual mais crítica, diversa e acessível.
O que faz um film scholar?
O termo “film scholar” refere-se ao profissional dedicado à pesquisa, ensino e crítica do cinema como campo de conhecimento. Conforme explica Gustavo Beck, suas atividades incluem escrever artigos e livros especializados, participar de congressos acadêmicos, lecionar em instituições de ensino superior e colaborar com revistas e catálogos.
Além disso, muitos film scholars atuam como consultores ou curadores, ampliando a ponte entre a teoria e a prática. Para Gustavo Beck, essa conexão é essencial: a pesquisa crítica alimenta a curadoria e vice-versa; só assim conseguimos construir narrativas sólidas e relevantes sobre a história do cinema.
A crítica como instrumento de preservação cultural
De acordo com Gustavo Beck, a crítica de cinema é uma forma de preservar não apenas os filmes, mas também os debates e contextos em que foram produzidos. Quando um crítico escreve sobre uma obra, ele está criando um registro interpretativo que poderá influenciar sua recepção ao longo do tempo.

A crítica também é ferramenta de resistência, permitindo que filmes fora dos circuitos comerciais sejam analisados, compreendidos e valorizados por novas gerações. Para Gustavo Beck, é papel do film scholar manter viva essa chama: Escrever sobre cinema é lutar contra o esquecimento.
Pesquisa, arquivos e curadoria
O trabalho de pesquisa do film scholar frequentemente envolve mergulhos em arquivos, catálogos, cinematografias e fontes primárias. Essa base sólida é o que possibilita a reinterpretação de filmes antigos, a redescoberta de autores e a criação de mostras retrospectivas fundamentadas.
Conforme destaca Gustavo Beck, essa prática também contribui para ações de restauração, digitalização e preservação de obras que poderiam se perder. A atuação crítica e acadêmica colabora diretamente com instituições de memória, como cinematecas e museus, fortalecendo seu papel cultural.
Formação e legado no campo do cinema
Um film scholar não apenas investiga o passado: ele também forma os profissionais do futuro. Por isso, o ensino é parte essencial desse ofício. A formação crítica que um film scholar proporciona é fundamental para a sustentabilidade do setor audiovisual. Com embasamento histórico e estético, cineastas, curadores, programadores e pesquisadores podem construir obras e projetos mais conscientes de seu papel cultural.
A figura do film scholar é indispensável para que a história do cinema seja não apenas preservada, mas também reinterpretada à luz das questões do presente. Segundo Gustavo Beck, crítica e pesquisa são atos de memória e de criação: elas resgatam o que já foi feito, iluminam o que ficou à margem e apontam novos caminhos para o futuro do cinema.
Autor: Floria Paeris